José Mota recorda jogo com o Sporting: «Estamos frustrados, mas não temos tempo para lamentar»

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Na antevisão ao jogo deste sábado (15:30h) com o Vizela, o treinador do Farense voltou a abordar a derrota (2-3) com o Sporting, garantindo que a mesma foi rapidamente esquecida e o pensamento mudou logo para o confronto com os minhotos. E revelou a enorme vontade que Jhon Velasquez tem em regressar à competição, depois da grave lesão (ligamentos do joelho direito) sofrida em dezembro do ano passado.

Apesar da derrota, o bom jogo frente ao Sporting, na última jornada, deixa boas perspetivas para a receção ao Vizela?

«Temos a noção do jogo que fizemos, os jogadores percebem todo esse trabalho que foi desenvolvido, mas agora temos um jogo com características completamente diferentes. Fizemos a análise do jogo com o Sporting, percebermos o que é que fizemos bem, mas também fizemos muitas coisas que não foram boas e temos que tentar melhorar, se possível já com o Vizela».

– Durante a semana, como reagiram os jogadores a essa derrota com o Sporting, atendendo às vicissitudes do jogo?

«O jogo com o Sporting deixa sempre marcas, que foram mais em termos mentais do que propriamente físicas, pois tenho o plantel praticamente todo disponível, com exceção do (Jhon) Velasquez e do Gonçalo (Silva), que está castigado. Mas o pessoal trabalhou muitíssimo bem esta semana. Sabemos que o resultado não foi positivo para nós e da forma como tudo aconteceu, o grupo estava frustrado – posso dizer que é essa a palavra – mas também sabemos que não temos muito tempo para andar aqui a lamentar ou para limpar as feridas. Nós temos é que rapidamente levantar a cabeça e foi isso que fizemos e quando iniciámos os treinos nesta semana, já estávamos a pensar no Vizela, e que temos que estar preparadíssimos e todos darem tudo para tentarmos conseguir a vitória.»

– Que análise faz à equipa do Vizela?

«Este Vizela é um adversário extremamente complicado e difícil, é uma equipa que é muito competitiva e em todos os jogos que fez esta época, mostrou isso. Estou à espera de um jogo muito disputado, onde nós teremos que estar a um nível muito bom para levar de vencida este adversário. Sabemos o que é o Vizela, as suas características e capacidades, quer em termos individuais, quer coletivos, e sabemos também que é uma equipa que tem uma mística muito própria de uma zona de Portugal onde há uma determinação e capacidade de sofrimento muito grande, e o Vizela tem conseguido isso ao longo destes anos. É um clube que tem um carisma e uma mística muito forte e vai, com certeza, existir uma luta muito forte e muito determinada pela posse de bola, onde nós temos que ser muito fortes nos duelos e ter uma equipa com grande carácter e ambição e, fundamentalmente, com muita concentração. Se tivermos esses níveis, com certeza que tornaremos o jogo mais acessível. Não direi mais fácil, mas mais acessível.»

– Em que ponto de situação está a recuperação do Jhon Velasquez? Quando poderá entrar nas suas opções?

«O Jhon (Velasquez) ainda está a trabalhar com certas limitações e está sob a alçada do departamento médico. Quando eles derem o ‘ok’ é que estará disponível para integrar a cem por cento o trabalho, por agora ainda não está autorizado. Mas que ele está com uma vontade enorme, isso é verdade. É um jogador muito inteligente, com uma alegria contagiante e com uma grande vontade de regressar à disponibilidade do treino com os colegas.»